Aparentemente,
é apenas um clube de reuniões mensais. Mas para cinco mulheres é muito mais!
Para Eve Porter,
cuja viuvez repentina frustra toda a segurança na qual se
fiava, o clube é um santuário.
Para Annie Blake,
brilhante advogada que decide aumentar a família na idade
madura, é a chance de baixar a guarda e sonhar com outras possibilidades.
Para Dóris Bridges,
é o grupo de apoio que a faz encarar a realidade quanto ao
seu casamento.
Para Gabriella
Rivera, esposa, mãe e amiga "perfeita" sempre pronta a
apoiar, mas que reluta em pedir ajuda, é o senso de comunidade.
E, para Midge Kirsch,
pintora que sempre foi muito autoritária e mesquinha,
lutando contra seu próprio eu, é um ninho de aceitação.
- Minha Opinião:
Esse livro é lindo, não pode faltar na sua estante, o começo é meio sonolento porque ela descreve as características de cada amiga, mas persistam, vale a pena.
A história é sensível, apaixonante e nos mostra a importância da verdadeira amizade. Também aborda a questão família, e inveja. Será que realmente a grama do vizinho é mais verde que a nossa? Adentrando nas histórias dessas 5 mulheres, vemos que nada é como imaginamos.
Eve Porter está passando por momentos que nunca imaginou possíveis. A morte repentina de seu marido a abalou profundamente. Ela era casada a muitos anos, tinha um bom casamento, apesar de perceber que o relacionamento dos dois não estava mais como antes. Eve teve que se adequar a uma nova realidade. A mudança para uma casa bem menor num bairro inferior, a busca pelo emprego depois de mais de 20 anos como dona de casa para sustentar seus dois filhos. Mas não é apenas sua situação que muda, Eve também precisa mudar interiormente, precisa reagir, e acreditar que sua vida está começando novamente. Sua amiga Annie a ajuda a passar por esse processo tão difícil. Eve aos poucos volta a ter perspectiva de uma vida boa, volta aos estudos e está se apaixonando novamente.
Annie é aquela mulher forte, que está sempre ao seu lado quando você precisa. Mas ela percebe que não é tão forte quanto pensava. Depois da morte de Tom, Annie percebeu que a vida é muito curta, e por isso resolve dar a Jhon, seu marido, o tão desejado bebê. Mas na sua idade já não é tão fácil. A rotina de medir temperatura, fazer amor nos momentos certos está abalando o casamento deles. Até que uma notícia abala o sonho de Annie, e nesse momento mais do que nunca ela irá necessitar do apoio das amigas e de Jhon.
Dóris é casada com RJ, um empresário de sucesso. Os dois vivem numa casa maravilhosa, mas Dóris é a sombra do marido. Ela não tem opinião própria, faz tudo por ele e pelos filhos, nada para ela mesma. A cada dia que passa ela ganha mais alguns quilinhos, o marido não a toca mais, os filhos estão crescendo e não precisam mais dela. Dóris percebe que está entrando em depressão e resolve dar a volta por cima.
Gabriella é uma mulher alegre, casada com Fernando e com 4 filhos. O casamento deles estava indo bem demais, e Gabriella tinha medo de acontecer algo e acabar com sua felicidade. Foi então que Fernando recebe demissão de seu emprego. Gabriella precisa agora trabalhar ainda mais no hospital para conseguir trazer mais dinheiro pra casa. Fernando não consegue encontrar emprego na área dele, e também não a ajuda em casa. Sua casa está uma bagunça, ela se sente sempre cansada, está prestes a explodir. Mas nada como a companhia, a ajuda e a compreensão do clube do livro para ajudá-la a passar e/ou esquecer esses problemas.
Midge é uma pintora, feminista e solteira. Ela nunca se ressentiu de ser sozinha, mas as coisas mudam. Todas as amigas do clube do livro são casadas. Eve ficou viúva, mas já está namorando, e justamente com um homem que Midge sentiu atração. Ela também deseja alguém para abraçar quando chegar em casa, alguém para compartilhar sua vida. E então ela conhece Susan, pintora também, que a apoiou no dia de sua primeira exposição. Nasce entre as duas muito mais que amizade...
A história termina de forma linda, especial e nos deixa com lágrimas nos olhos. No epílogo tem um trecho que gostei muito, e que concordo 100% com a autora:
"Toda história tem um final. Esse momento, quando suspiramos e fechamos o
livro, recostamo-nos na cadeira e alisamos a capa, é de emoções quixotescas.
Por um lado, sentimo-nos satisfeitos, caso o autor tenha concluído bem a trama,
transmitido algum ensinamento, ou conferido ao herói a opção moral desejada.
Por outro, é triste o fim da aventura.
Ao ver que restam poucas páginas, passamos a ler mais devagar, saboreando
cada palavra, adiando o inevitável. Os personagens que viemos a conhecer e amar
já não fazem parte de nossa vida. E sentimos saudade. A ponto de reabrirmos o
livro e correr os olhos pelo texto, à procura das passagens favoritas, querendo
reviver aquelas emoções tão fortes. Mas, da segunda vez, a paixão nunca é tão
violenta.
Vale o mesmo para a vida. Atravessamos os dias que nos foram concedidos
ansiosos por conflitos e paixões, por levar a cabo, vencer e ver como termina.
Quando finalmente o fim surge à vista, surpreendemo-nos. E protelamos,
saboreando febrilmente cada instante que resta. O sol brilha mais forte, o
sorriso parece mais doce, e ansiamos por palavras de amor com uma intensidade
que seria comovente, não fosse tão desoladora."
oi, vcs tem um clube mesmo? é virtual ou vcs tomam café juntas e só comentam sobre livros dela ou qualquer um?
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